TEERÃ - O procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou nesta segunda-feira, 27, que Sakineh Mohamadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido, foi condenada à morte por enforcamento por homicídio.
Em declarações divulgadas nesta segunda-feira pela agência de notícias local "Mehr", Mohseni Ejei explicou que, "de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh foi acusada de assassinato e condenada por este delito".
Sakineh também havia sido condenada à morte por adultério - cuja pena é a morte por apedrejamento - mas a pena foi revista após a família do marido perdoá-la.
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerã. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido.
(Jornal Estadão Online 27 de setembro de 2010 - 15h 24)
27.9.10
Jornais e Revistas I
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário