15.10.10

Jornais e Revistas IV

Clima religioso envolve comício de Dilma em SP

15 de outubro de 2010 | 21h 04
Jornal Estadão Online


O comício da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, foi precedido por um clima de que o evento foi organizado para conquistar o voto dos eleitores religiosos. Enquanto milhares de pessoas esperavam a candidata e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o padre Júlio Lancelotti e o pastor Melo entretinham o público com discursos e orações.

Padre Júlio destacou a presença de 20 religiosos no palco para mostrar o apoio à candidatura de Dilma. "Nós não temos medo. Nós não vamos esconder nosso rosto", disse ele, que defendeu o afastamento do "demônio da mentira e da injustiça".

"O Deus da Bíblia é o Deus dos pobres, dos desvalidos, dos que estão caindo à beira do caminho", afirmou. Padre Júlio, ao final do seu discurso, pediu a todos os presentes que rezassem o Pai-Nosso - e foi atendido. Antes, um evangélico cantou no palco "Glória, Glória, Aleluia". Depois, todos os religiosos abençoaram os presentes ao comício.

Padre Júlio foi seguido por Sônia Leite, representante do movimento negro, que também fez um discurso inflamado. "Somos nós que somos do bem. Não são eles, não. Quem mora no Jardim Pantanal sabe quem é o senhor Serra. Não ao Serra. Me erra, camarada. Nós queremos Dilma."

Quando chamou os religiosos ao palco, padre Júlio disse que a intenção era que todos vissem que "não está aqui um pastor, uma pastora ou um padre, mas pastores, pastoras e padres de várias religiões unidos na defesa da fé". "A palavra de Deus não pode ser usada para condenar e muito menos para mentir", disse, chamando a campanha contra Dilma de "caluniosa, movida por boatos e difamações".

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